sábado, 1 de setembro de 2012

Opinião sobre a competitividade e sustentabilidade do futebol português


Num fim-de-semana em que o Sporting não joga, aproveito para reflectir um pouco sobre a situação do futebol nacional e internacional, sobretudo em termos financeiros. Nas últimas semanas o Record e, sobretudo, o Público, nas suas versões impressas, presentearam-nos com entrevistas com vários académicos e economistas (lamento não me recordar dos seus nomes, nem possuir quaisquer citações) que produziram estudos sobre a situação financeiras dos clubes portugueses. É uma questão que naturalmente interessa e afecta o Sporting, e por isso vou opinar sobre as ideias e conclusões destes académicos.


Modelo competitivo

O problema da competitividade do futebol português é claro. As baixas assistências nos jogos entre alguns clubes da Primeira Liga, e (também como consequência desse pouco “mercado” do clube) as baixíssimas receitas que arrecadam são um problema há muito identificado no futebol português.

Li propostas com soluções variadas: desde a criação de “Ligas Europeias” a um modelo de recrutamento de jogadores, semelhante ao que existe na NBA (Liga de Basquetebol norte-americana). E não concordo com nenhuma. É verdade que o Futebol, actualmente, é um negócio, e deve – em parte - ser encarado como tal (os clubes que não se profissionalizarem e não se adaptarem às exigências actuais terão dificuldades em prevalecer).

Mas há algo que torna este tipo de soluções desadequadas: as questões culturais. O sentimento de identificação com uma determinada identidade clubística não tem par no Basquetebol americano (sobretudo, na altura em que as “franchises” surgiram) e, sobretudo, a população existente em Portugal fora das regiões de Porto e Lisboa impede um crescimento elevado dos restantes Clubes. Portanto, uma “distribuição” de talento que visasse colocar grandes talentos em clubes de média dimensão não atrairia receitas suficientemente significativas, que permitissem a esses clubes manterem esses jogadores e se tornarem, futebolisticamente, muito mais competitivos. Em Portugal e também noutros países. Solução portanto desadequada, na minha opinião. É também por razões culturais e históricas que não vejo nas Ligas Europeias uma bola solução.

Ainda assim, esta última já me parece uma solução mais interessante. Há efectivamente que reflectir e alterar o paradigma, porque a pouca competitividade e a falta de interesse de muitos dos jogos que acontecem na Liga Portuguesa não se coaduna com a importância de 4/5 clubes portugueses a nível internacional (os três grandes, em franco destaque, e mais uma ou outra equipa um pouco abaixo; equipas cujo número de apoiantes e resultados recentes a nível internacional justificam a existência de um Campeonato mais competitivo que aquele que, nesta jornada, por exemplo, terá um jogo como o Beira-Mar x Moreirense… que interesse há em jogos destes, para eventuais espectadores? Muito pouco).

Sustentabilidade:

O problema da competitividade está também relacionado com o da sustentabilidade financeira. Os entrevistados falaram da questão do endividamento, e referiram que, regra geral, quase todos os clubes estão com orçamentos e despesas desfasadas das receitas que esperam obter. O alto endividamento é, portanto, transversal, e com o acesso ao crédito cada vez mais difícil, este problema deixa de ser apenas dos clubes de pequena dimensão, tornando-se também um problema sério para os clubes de maior nomeada.

Soluções como fundos de jogadores e parcerias são entendidas, pelos académicos em questão, como balões: acabar-se-ão por esvaziar, e é apenas um adiar do problema. A questão terá de ser tratada. O problema, para um dos entrevistados que falou ao Público, é que a questão não pode ser tratada individualmente: um clube que decida desinvestir para adequar as despesas às receitas e reduzir o endividamento face aos credores partirá em desvantagem face aos demais.

Na prática, até pode fazer o mesmo com menos. O Braga tem sido um exemplo disso mesmo em Portugal: com orçamentos moderados, tem tido resultados próximos dos grandes no Campeonato, e feito boas carreiras europeias (já chegou a uma final da Liga Europa e, este ano, arrecadou 10 milhões de euros pela presença na fase de grupos da Champions). O seu rival do Minho, o Guimarães, definiu uma estratégia clara também com os novos corpos sociais do Clube: reduziu significativamente o orçamento (jogadores como Nuno Assis, Pedro Mendes, João Alves e Edgar saíram) e definiu uma estratégia de apostar em jovens activos com talento, valorizando-os (e a manutenção do treinador Rui Vitória, que já em Paços de Ferreira havia trabalhado e feito crescer jogadores como David Simão, Nélson Oliveira, Pizzi e até mesmo Caetano, foi estratégica). Conseguindo um plantel de qualidade e com vários activos que podem valorizar bastante, contratando um treinador capaz de o fazer e criando a Equipa B, o Vitória mostra que pode fazer uma época tranquila, com muito menos gastos, e crescer a médio prazo para patamares mais elevados.

No entanto, na teoria, é efectivamente mais complicado lutar pelos mesmos objectivos que os outros com bastante menos recursos. E é aqui que entra a solução proposta pelo entrevistado que já referi: uma orientação da UEFA, que vise estabelecer um tecto salarial (que varie em função das receitas) e uma mão pesada perante os clubes que se endividarem e entrarem em incumprimento. A solução da tal «Liga Europeia» foi também referida relativamente a questões financeiras, dadas as receitas que poderiam advir para os principais clubes portugueses por jogarem regularmente com equipas de topo europeu (as outras equipas em Portugal jogavam com equipas com estatuto europeu semelhante, penso).

Esta solução de uma adequação das despesas às receitas ser implementada de forma colectiva carece de maior substância (as despesas seriam calculadas em função exactamente do quê?), mas, no geral, penso fazer bastante sentido.

Conclusões:

Acima de tudo, no futebol português em particular – e no futebol internacional no geral - existem dois problemas que devem ser resolvidos, até pelas dificuldades crescentes que se esperam em termos económico-financeiros no Mundo (e, novamente, em Portugal em particular): a falta de competitividade de alguns Campeonatos Europeus, nos quais o nosso se insere, e o alto endividamento dos clubes nacionais. São dois problemas que estão relacionados: ainda que não fosse talvez suficiente, uma maior competitividade no Campeonato Português geraria por certo mais receitas.

A solução que tem sido defendida pela Liga (por Mário Figueiredo) é a venda dos direitos de transmissão televisiva em termos colectivos. Mas para esta questão devemos reflectir em duas coisas:
      
     1)    Este é o patamar máximo de qualidade que a Liga pode atingir, no sentido de valorizar o seu Campeonato e torna-lo um produto interessante? Isto é, não há possibilidades de valorizar o produto que se quer vender, antes da venda?

v      2)      A venda procurará incrementar as receitas dos clubes pequenos. Mas este aumento será suficiente para criar um conjunto de 13 (ou 15…) equipas cuja competitividade não desmereça um dos melhores Campeonatos da Europa, a seguir às Ligas de topo internacional? E um conjunto tão elevado de equipas com um número muito reduzido de sócios e adeptos presentes nos Estádios não é talvez o único handicap do Campeonato Português face a alguns outros Campeonatos da Europa (os resultados dos principais clubes alemães nos últimos anos, por exemplo, não têm sido assim tão superiores aos que o Benfica e o Porto têm obtido em termos internacionais)?

É preciso que o Campeonato Português seja mais competitivo: a larga maioria dos portugueses, adepta de um conjunto de não mais que 12/13 equipas, beneficiaria muito com isso. E esse conjunto de clubes também – poderiam ter maiores receitas e maiores assistências. A Liga, consequentemente, teria um produto bem mais interessante para vender. Mas se é por haver um conjunto (baixo...) de jogos muito pouco interessantes e emotivos que a Liga não tem mais valor, que outra forma de resolver o problema que não um Campeonato com estádios mais cheios, com mais jogos emotivos (e menos jogos desinteressantes)? E como o conseguir?

É também preciso que os clubes portugueses não se endividem tanto quanto o têm feito nos últimos anos. É possível manter a competitividade dos clubes portugueses face aos restantes clubes internacionais? A tal ideia de um controlo de despesas mais apertado da parte da UEFA, a nível colectivo, garantiria-o. E uma boa gestão  faria o resto.


Questões importantes, que urge resolver a curto prazo. Porque não é só clube x ou y que está mal; dos grandes, é natural que quem não tem ido à Liga dos Campeões (Sporting) sinta mais dificuldades desportivas e financeiras; mas também o Porto e o Benfica, como a larga maioria dos restantes clubes nacionais, têm tido orçamentos incomportáveis e desfasados da realidade que as suas receitas lhe impõem. É que um dia o balão esvazia… e para todos. Dada a situação financeira da Europa então… é preciso encarar o problema de frente.

4 comentários:

  1. Gonçalo, (antes de mais um abraço), Sporting, Benfica, Porto, Vitória Guimarães, Vitória Setúbal, Sporting Braga e Marítimo, pelo menos estes clubes têm massa adepta suficiente para produzir assistências razoáveis assim o produto seja bom e os preços sejam adequados (nem sempre assim é), e outros que neste momento estão fora da I Liga como o Boavista e um ou mais clube(s) do Algarve: não sei dizer sobre Olhanense mas lembro o São Luís em Faro encher para jogos onde os 'grandes' não entravam, em especial numa época eufórica onde o Farense (liderado pelo Catalão e lendário jogador do FC Barcelona Paco Fortes) garantiu um apuramento para a UEFA - o estádio tinha muito boas assistências e não-raras vezes enchia.

    Existem então pelo menos 7 ou 8 clubes em Portugal (1/2 I Liga por exemplo, a 16 clubes) com boas condições para serem sustentáveis e contribuírem para uma competição apetecível - não é de desvalorizar. O problema é que o produto é mau e passa a más horas ... e as pessoas têm por um lado dificuldade em gastar dinheiro com maus produtos e outras, por outro, ficam arredadas do fenómeno, algo que afecta inclusivamente clubes 'grandes': quem vai domingo às 20:30 para Alvalade ver o Sporting? Os doentes pelo Sporting ou gente que viva perto do Sporting. Um público essencialmente masculino, ficando de fora outro que não sendo fanático interessaria aos clubes seduzir. Esse esforço não é feito, com pena.

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  2. Não acredito por exemplo que a AAC jogando em casa às 15:00 de um sábado com preços a 7.5 euros o bilhete com desconto para grupos / famílias não fosse capaz de meter lá umas boas 15000 pessoas, pelo menos, quando tem um estádio bom e uma razoável massa de adeptos e/ou simpatizantes na região.
    A questão do público não é (julgo) uma fatalidade evidente. Acho é que os clubes fazem um esforço grande para afastá-lo.

    Já aquilo que os podem (clubes) sem dúvida - 'grandes', 'médios' e 'pequenos' - garantir é o seu próprio modelo de sustentabilidade. Os clubes médios e pequenos deveriam fazer como fizeram durante muitas décadas - formar jogadores Portugueses que iam sendo recrutados pelos 'grandes' - noção que repeti no meu blogue mais de 7 ou 8 vezes: todas (SEM EXCEPÇÃO) as melhores equipas do futebol Português foram constituídas por jogadores Portugueses quando a grande maioria delas foram até anos anos 90 formadas com recurso ao mercado Nacional (por parte dos 'grandes'). Foi dessa forma que o Sporting, SLB, FCP e Vitória de Setúbal fizeram 80% dos seus plantéis nas décadas de 60, 70 e 80, com resultados muito bons (em especial o SLB que era levado pelos seus jogadores a finais Europeias com frequência). Por que motivo antigamente existiam quantidades maiores de jogadores Portugueses com estatutos importantes no futebol Português? Porque o jogador Português estava em maioria. O talento não se perdeu - hoje têm é (jogadores) mais dificuldade em jogar. Porque os clubes invariavelmente preferem ir ao mercado estrangeiro ... isto é além de estúpido aquilo que verdadeiramente mata o futebol em Portugal (e os clubes Portugueses) aos poucos. Os 'grandes' que sempre tiveram mais recursos iniciaram a moda em meados dos anos 90 (a reboque do futebol Europeu modificado pela Lei Bosman) e depressa todos imitaram - clubes médios e pequenos com plantéis recheados de Brasileiros ou demais estrangeiros.

    Só sobre os grandes, hoje em dia: estão falidos mas teimam em fazer vida de rico, e o Sporting que o diga (nos últimos dias de onde viria o 'avançado maravilha'? Do mercado estrangeiro).

    A sustentabilidade dos clubes passa por uma coisa simples: pura e simplesmente parar com a estupidez de contratar aos 5 e 6 jogadores estrangeiros por época que custam aos seus cofres 3, 4, 5 ou 6 milhões de euros. Obrigados Gonçalo ... deveriam ser obrigados. Não sei por quem nem consigo imaginar porque os políticos nem da coisa pública sabem cuidar quanto muito dar instruções a sectores privados como futebol ou outra coisa qualquer, e os organismos responsáveis pelo sector (Federações Nacionais, UEFA e FIFA) também não parecem interessadas em regular a actividade, quando todos os passos que dão são a caracol e demasiado tímidos.

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  3. Só uma nota pequena sobre os fundos de investimento, e algo que a 2ª mensagem que na altura pretendia fazer sobre o tema incluiria: qualquer ferramenta que alimente o 'monstro' é apesar da APARÊNCIA positiva, em última (ou primeira análise), nefasta. Os adeptos na sua generalizada imbecilidade habituaram-se a olhar para isto nos modos simplistas dividindo o sucesso do insucesso da seguinta forma:
    . pré-mercado.
    . pós-mercado.
    Mas como são estúpidos (a maioria), alva o mercado da Bolsa de Valores com as conversas parvas dos antes e pós SAD's como se antes das SAD's o futebol Português fosse uma maravilha. Não era. Pelo contrário, o mercado da Bolsa (SAD's) permitiu aos clubes encaixes financeiros monstruosos para aquilo que estavam acostumados: que fizeram os clubes ao dinheiro? Gastaram-no em tempo nenhum na trampa que sempre fizeram a partir de determinada altura: comprar jogadores. A cantiga de que serviu para financiar estádios tem algum sentido mas não explica nem 1/4 do problema.

    Curiosamente, o 'monstro' ou cancro chama-se de facto mercado, só que outro(s): o de transferências e salários (como diz o teu «post»). Foi este que deu cabo dos clubes Portugueses, cronicamente dirigidos por inábeis, generalizando de forma feia, porque foi a liberalização (outro nome para desregulação) do mercado de transferências que alimentou a desregulação do mercado de salários, e foram / são ambos, em simultâneo, os responsáveis pelo cenário da generalidade dos clubes Europeus estar falida. A sustentabilidade dos clubes só se resolve quando for estancada a hemorragia: regulação sobre os 2. Não existe outra forma.

    Os fundos de investimento não são somente paliativos, porque os paliativos não curam mas também não matam. São uma ferramenta em si nefasta porque alimentam os 2 mercados.

    Um abraço.

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  4. MM,

    Primeiro que tudo, retribuição de um abraço. E um desejo de te ver por aqui muitas vezes.

    "Existem então pelo menos 7 ou 8 clubes em Portugal (1/2 I Liga por exemplo, a 16 clubes) com boas condições para serem sustentáveis e contribuírem para uma competição apetecível - não é de desvalorizar."

    Totalmente de acordo. A questão é que não temos 7 ou 8 clubes na nossa Liga. Nem sequer temos esses 7 ou 8 clubes actualmente (talvez estando o Belenenses, o Boavista e outros clubes na Liga - clubes que não mereceram a gestão que tiveram -, a conversa fosse porventura diferente; porque bem geridos o Campeonato seria bastante diferente).

    Em relação aos horários, concordo por completo; sendo que, ainda assim, me parece uma questão difícil de alterar. E que não é exclusiva do Campeonato Português (embora seja uma realidade bem mais significativa que a de outros lados, há muitas equipas em Portugal que jogam à tarde - muito raramente os grandes -, e a situação continua a ser problemática).

    Hoje, por exemplo, disputa-se às 16 horas o Gil Vicente-Setúbal, e o Beira-Mar - Moreirense. Mesmo com bilhetes baratos (ou melhor, adequados ao futebol praticado), e mesmo com um horário interessante, o público esperado continuaria presumivelmente a ser insuficiente.

    Sobre o recurso ao mercado estrangeiro, estou parcialmente de acordo. Não tenho problemas em ter um número significativo de estrangeiros no plantel, se forem realmente bons (ainda que não tenha especial prazer) e, sobretudo, custarem (transferências e salários) o que o clube pode pagar. Quantos reúnem estas características em Portugal? Poucos. No Porto e no Benfica, menos ainda, mas também no Sporting - é algo de comum a todos.

    Mas é exactamente a conclusão da minha opinião (baseada, claro, nas análises que fui lendo do assunto): os clubes deveriam ser obrigados a, como referes, não fazerem vida de ricos - sobretudo porque estão longe de ter para isso capacidade. Uma regulação colectiva da UEFA seria o ideal. Porque, algum dia, a casa pode ruir. E, no Mundo, já existiram negócios que ruiram quando ninguém pensava que fosse possível - simplesmente porque foram geridos de uma forma que estava desfasada do que a realidade impunha.


    "Curiosamente, o 'monstro' ou cancro chama-se de facto mercado, só que outro(s): o de transferências e salários (como diz o teu «post»). Foi este que deu cabo dos clubes Portugueses, cronicamente dirigidos por inábeis, generalizando de forma feia, porque foi a liberalização (outro nome para desregulação) do mercado de transferências que alimentou a desregulação do mercado de salários, e foram / são ambos, em simultâneo, os responsáveis pelo cenário da generalidade dos clubes Europeus estar falida. A sustentabilidade dos clubes só se resolve quando for estancada a hemorragia: regulação sobre os 2. Não existe outra forma."

    De acordo. Melhor, subscrevo. Daí a referência no post à necessidade de regular as despesas das SAD's (transferências e salários pagos). Porque a situação, assim, não pode continuar. A conversa do Roquettismo e tudo o mais, apesar de imbecil (porque o Roquettismo, como lhe queiram chamar, não existiu só no Sporting - foi geral, com melhores ou piores resultados desportivos mas aconteceu em muitos clubes), deve-nos fazer reflectir:

    Nos últimos anos, o «monstro» tem sido cada vez mais alimentado, e continua a sê-lo. Até quando não se chegará aos limites? E o que acontecerá se lá chegarmos?

    O mundo do futebol, e o futebol português, não podem continuar a viver desfasados da realidade. Porque ela um dia impõe-se, e não vai ser bonito. Para os que apreciam o futebol e, sobretudo, por quem tanto lutou por estes clubes, tanto lutou para que eles existissem e fossem grandes e não estivessem desfasados do mundo e da realidade - apenas avançados em relação ao mundo, que regrediu.

    Não merecem.

    Um abraço.

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